3 fatos pouco conhecidos que podem afetar seu desempenho em situações traumáticas
Vimos anteriormente que situações traumáticas requerem ações minuciosas dentro de um curtíssimo tempo. Isso ocorre porque a vítima acometida dessa fatalidade está em muitos casos em um limbo estreito, que a separa da vida e da morte, e a responsabilidade está nas mãos daquele que irá prestar os primeiros atendimentos.
Muitas dúvidas pairam quando se trata de traumas abertos, mas hoje abordaremos 3 fatos pouco conhecidos que podem afetar seu desempenho caso esteja diante de situações traumáticas. Confere aí quais são e como evitá-los nesse texto.
1. Posso retirar objetos encravados da vítima?
NÃO! Se você é um leigo no assunto com certeza seu primeiro impulso é retirar de imediato um objeto que ficou fixo ou preso em uma superfície (como no caso de uma facada, por exemplo), mas saiba que você nunca deve remover o objeto. O que deve ser feito é controlar o sangramento e estabilizar o corpo estranho introduzido, fazendo um curativo caprichado e logo após transportar a vítima meticulosamente até o hospital. Sendo assim, o curativo a ser feito precisa ter por finalidade imobilizar o objeto deixando-o fixo para não se suceder maiores complicações ocasionadas pelo movimento (no caso aqui exemplificado, poderia ser o rompimento de vasos calibrosos e artérias, promovendo o risco de hemorragia interna).
Em todo o caso, reiteramos para que você NÃO retire o objeto encravado de uma vítima. Isso iminentemente só irá piorar as coisas.
2. Em traumas abdominais, devo realocar tudo de volta de onde saiu?
Essa também é uma questão que deve ser sempre bem salientada. Em acidentes em que há evisceração, por exemplo, (onde ocorre a saída de uma ou mais vísceras para fora da cavidade abdominal através de uma ferida operatória, ou traumática) pode-se concluir em primeira instância que aquilo que saiu deve retornar ao seu local de origem. Mas mais uma vez a resposta é um significativo e sonoro NÃO! O que deve ser feito nesses casos é limpar as vísceras com soro fisiológico e cobrir com compressas úmidas de modo a isolá-las do meio ambiente.
Em hipótese alguma, tentar reintroduzir as vísceras no abdômen! Mas qual seria a explicação dessa vez?
A parte da evisceração será corrigida em centro cirúrgico, ao nível hospitalar. É lá que será feita toda parte da desinfecção e descontaminação dessas vísceras para então finalmente serem reintroduzidas e suturadas. Então nada de agir impulsivamente diante de um caso como esse.
3. Devo manter a parte amputada fria?
SIM! A parte amputada deve ser mantida fria durante o transporte até o hospital para evitar o excesso de sangramento e a perca da vitalidade da região afetada, impedindo assim o comprometimento da reimplantação do local acometido. As partes devem ser enxaguadas com solução salina (SF 0,9%) ou água limpa, enroladas em um curativo seco ou estéril e por fim, colocadas em um saco plástico.
Mas cuidado, as partes amputadas não devem ser colocadas em contato direto com o gelo!
Estar preparado para lidar com as situações aqui elucidadas e diversas outras que possam se suceder, é imprescindível para salvar uma vida. Por esse motivo, a relevância de ter esses conhecimentos, os quais são essenciais para toda a sociedade.
E aí, ainda ficou com alguma dúvida sobre esse assunto? Deixe um comentário com a sua pergunta que responderemos!
Muito boa explicação.
Parabéns pelo trabalho.
Agradecemos seu feedback, Jelke! Ele é muito importante para sabermos se estamos indo pelo caminho certo.