5 erros que podem arruinar sua carreira como Socorrista!
Nada pode ser equiparado ao valor de uma vida. Por esse motivo, aqueles que tem como incumbência salva-las são dignos de reconhecimento e prestígio. A capacitação para o atendimento precoce em situações de emergência é imprescindível em uma sociedade e todos nós dependemos ou dependeremos dela. Esse é o papel de um socorrista, que nas palavras do professor catedrático Jorge Bonito:
“Ser socorrista consiste antes de tudo, em saber prestar auxílio eficazmente e evitar o agravamento do acidentado ou doente, no local dos acontecimentos e, se necessário, durante o transporte a uma unidade de cuidados diferenciada. É um papel primordial, limitado e temporal” (Bonito, Jorge, 1999).
Portanto, a responsabilidade de ter em suas mãos uma vida requer cuidados meticulosos e erros podem ser fatais e imperdoáveis. Confira nesse texto os 3 erros que podem eventualmente arruinar sua carreira como Socorrista!
1. Tirar fotos e gravar vídeos de vítimas
Sabemos que na era do digital tudo tem sido constantemente exposto através de aparelhos celulares, ‘tablets’, câmeras fotográficas e outros meios de registros áudios-visuais. Existem muitos profissionais que além de captar imagens e vídeos nesse momento inoportuno também os torna público, ferindo a privacidade da vítima e desrespeitando não somente a situação mas também a lei, já que retirar fotos de pessoas mortas, feridas ou em acidentes é constitucionalmente um crime.
Fotos e vídeos de acidentes instigam a curiosidade daquele que grava assim como daqueles que posteriormente consumirão esses conteúdos na ‘internet’. Mas, atenção! Tornar essas situações públicas podem te levar à cadeia.
2. Utilizar EPIs de forma incorreta
Os equipamentos de Proteção Individual (EPI) são considerados elementos de contenção primária ou barreiras primárias e podem reduzir ou eliminar a exposição individual a, agentes potencialmente perigosos. Se usado de forma incorreta pode colocar em risco a integridade física do socorrista, expondo-o aos riscos biológicos aos quais o profissional possa ser submetido. O EPI é importante para proteger os profissionais individualmente, reduzindo qualquer tipo de ameaça ou risco, por isso jamais deve ser negligenciado!
3. Negligenciar a própria segurança
Este tópico vem para complementar o anterior. O autocuidado é fundamental para a prestação do primeiro atendimento a vítima. Se você não estiver em segurança falhará em proporcionar a segurança alheia. Por esse motivo, se faz tão necessário a avaliação de cena, onde será julgado os riscos existentes e verificado as prováveis causas do acidente, o número de vítimas, a provável gravidade de suas lesões e outras informações que possam ser úteis para a notificação do mesmo.
Ajudar o próximo, aliviando-lhe a dor e o sofrimento, ou evitando a sua morte é uma função cívica e moral, e deve ser realizada de forma não prejudicar nem aquele que o presta, nem a quem este serviço honroso será prestado!
4. Omissão de socorro
Qualquer pessoa, mesmo não sendo profissional de saúde, que esteja no local e tenha condições de ajudar a outrem que se encontra em perigo de vida, tem o dever de prestar assistência. A omissão de socorro pode contribuir para óbitos, agravamentos de quadros de risco e outros infinitos prejuízos a integridade física e mental daquele que necessita ser ajudado. O crime de omissão de socorro encontra-se descrito no artigo 135 do Código Penal, e a punição prevista é de detenção de um a seis meses e multa. No caso da consequência da omissão resultar em lesão grave, a pena será duplicada e, caso resulte em morte, triplicada.
O direito à saúde, estabelecido pela legislação vigente, busca garantir a todas as pessoas que sofreram o crime de omissão de socorro à devida reparação dos danos, bem como a punição dos responsáveis pelo ato praticado.
5. Não se atualizar na área
Sabemos que os conhecimentos são constantemente atualizados e estar por dentro dessas atualizações é fundamental para aperfeiçoarmos nosso desempenho. Apostar em não se requalificar pode acabar prejudicando sua carreira e deixando-o estagnado no mercado de trabalho, principalmente na área da saúde onde esses domínios terão de ser realizados na prática e vidas reais dependerão deles. Assim sendo, antes de iniciar um novo curso esteja atento a suas diretrizes e grade curricular para não investir tempo e dinheiro em versões desatualizadas que não lhe trarão retorno nem competência. A orientação do Ministério da Saúde através da PORTARIA Nº 2048 recomenda que a cada 2 anos o profissional da área da saúde busque atualizações de protocolos e atendimento.
E aí, ainda ficou com alguma dúvida sobre esse assunto? Deixe um comentário com a sua pergunta que responderemos!