Emergências Obstétricas: O parto fora do ambiente hospitalar
Emergências Obstétricas, são situações que colocam em risco a vida tanto da grávida quanto do feto, cuja resolução exige resposta (intervenção) imediata por parte da equipe de saúde que atua em cenários como APH, Unidades de Urgência e Emergência e Sala de Parto.
Define-se morte materna, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como: “morte de uma mulher durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias após o término da gestação, devido à causa relacionada à gravidez, ou agravada com ela, porém não devida a causas acidentais ou incidentais”.
Podem-se classificar as mortes maternas como diretas quando ocorrem por complicações obstétricas durante a gravidez, parto ou puerpério, e indiretas quando causadas por doenças que existiam antes da gestação e que foram agravadas pelos efeitos fisiológicos da gravidez.
Estabeleceram-se, em 2000, pela Organização das Nações Unidas (ONU), oito objetivos do milênio (ODM), sendo que o quinto objetivo se refere à melhoria da saúde materna. 7 Contemplavam-se as seguintes metas neste objetivo: reduzir em 75% a mortalidade materna no período de 2000 a 2015; atendimento à gestação e ao parto por pessoal qualificado; melhorar o acesso a serviços de saúde reprodutiva (incluindo a assistência pré-natal e o planejamento familiar); reduzir os índices de gravidez na adolescência e melhorar a qualidade das informações e registros sobre nascimentos e óbitos.
As referidas situações não são raras na prática diária, exigindo dos profissionais que atuam nos ambientes ora citados, conhecimento, noções de primeiro atendimento, raciocínio clínico e lógico, bem como, habilidade.
Sabe-se que a maioria das mortes maternas é evitável. Consideram-se que as hemorragias são as principais causas de mortalidade materna no mundo seguidas pelas complicações decorrentes de: infecções, aumento pressórico durante a gestação, complicações do parto e abortos clandestinos.
A taxa de mortalidade materna mundial é bastante variada, uma vez que temos conhecimento das discrepantes qualidades de assistência à saúde materna. Quando olhamos para o panorama nacional, o que os números nos dizem? É importante estar atento aos riscos potenciais e às condições clínicas consideradas graves em gestantes.
No Brasil, a taxa de mortalidade materna é de 59,1/100.000 nascidos vivos. Não diferente do panorama mundial, as três principais causas de mortalidade são: hipertensão arterial, hemorragia materna e sepse. Sendo mais da metade desses óbitos (67%) consequências de causas diretamente relacionadas à gestação.
O conhecimento desses riscos potencias associados a uma boa assistência médica no primeiro atendimento (aquele momento que a paciente chega à emergência) é fundamental para a redução desses números.
Sabendo e reconhecendo a importância desse tema, o Grupo Estuda Mais Brasil fará a transmissão de uma aula on-line e ao vivo amanhã, quinta-feira (01/09) às 20h00 pelo seu canal do YouTube.
Desta forma, a referida Live torna-se uma grande oportunidade de treino real para a resolução de eventos relacionados à Emergências Obstétricas. Serão utilizados exemplos e discussões de casos reais os quais irão possibilitar a você, aproximação da realidade, fortalecendo e desenvolvendo maior segurança durante a sua prática.