4 EPIs que não podem faltar para um socorrista

4 EPIs que não podem faltar para um socorrista

Por mais que os ambientes pareçam aparentemente seguros, todo cuidado é pouco quando se trata de segurança seja ela individual ou coletiva. Capacetes, luvas, óculos de proteção são alguns dos itens que compõe uma enorme lista de EPIs que nada mais são do que Equipamentos de Proteção Individual, destinado para proteger uma parte do corpo ou o indivíduo todo contra riscos específicos. Segundo a NR 6, a definição de EPI seria: “todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador que tem como finalidade protegê-lo de riscos ou ameaças à segurança e à saúde”.

Se você é um socorrista sabe que elas são indispensáveis para qualquer ocasião. Conheça as 4 EPIs que não podem faltar para um socorrista!

1. Luvas tipo cirúrgica

As mãos acabam fazendo um dos papéis mais importantes em situações de atendimento, pois é com elas que se faz todo manuseio e contato com a vítima. Seja através de um curativo, de uma compressão torácica elas estão em contato direto com a vítima afetada, justamente por isso que elas precisam de atenção redobrada. Sua recomendação é efetuada pela necessidade de proteger os profissionais e pacientes do risco de infecção cruzada.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, recomenda que luvas devam ser usadas devido a duas principais razões:

  1. Para reduzir o risco de contaminação das mãos dos profissionais de saúde com sangue e outros fluidos corporais;
  2. Para reduzir o risco de disseminação de germes para o ambiente e de transmissão do profissional de saúde para o paciente e vice-versa, bem como de um paciente para o outro.

Mas fique atento! A OMS alerta que os profissionais de saúde devem ter ciência de que luvas não oferecem proteção completa contra a contaminação, razão que justifica a importância da correta higienização das mãos antes de calçar as luvas.

2. Máscara de proteção facial

O número de partículas infecciosas necessárias para causar uma infecção é frequentemente incerto ou desconhecido para patógenos respiratórios. Entretanto, a máscara de proteção respiratória tornou-se um dos principais símbolos da pandemia de covid-19 e, consequentemente, do ano de 2020.

Mas se você trabalha no ramo da saúde sabe que a máscara sempre foi um protocolo entre os profissionais, que sempre estão em contato direto com as vítimas.

Além de sua importância evidente na situação pandémica em que está o mundo, a máscara é extremamente útil em zelar pela integridade não apenas individual mas coletiva, já que impede que alguns patógenos se espalhem pelo ar, como no exemplo de um espirro.

3. Óculos de proteção

Cuidar dos olhos é um hábito que deve fazer parte da nossa vida. Não apenas proteger os olhos contra os impactos dos objetos ou escoriações, muitas vezes presentes nos locais de trabalho, e sim, preservar a visão e tomar os cuidados indicados para evitar problemas ao longo dos anos. Seja no lazer ou no trabalho, devemos ficar atentos com os perigos e riscos prejudiciais à nossa visão.

Ao prestar atendimento, você pode estar sujeito a diversos riscos ou elementos que podem prejudicar sua visão. Por isso, é fundamental que se utilize os óculos de proteção durante suas atividades, pois, dessa forma, ele conseguirá prevenir possíveis acidentes.

Atenção! Os itens aqui listados não sequenciados por ordem de relevância pois TODOS desempenham papéis fundamentais para sua segurança.

4. Botas

Muitas vezes ignoradas, as botas são fundamentais para proteger uma região fundamental do corpo de possíveis riscos. Por ser feita de materiais de qualidade e resistentes, as botas protegem contra perfurações, queda de objetos, choques elétricos, mordidas de animais e todo e quaisquer tipos de perigos que por ventura você possa vir a se expor.

Por isso, cuidado! Todas as EPIs tem uma finalidade concernente a cada região do seu corpo e por isso, NENHUMA delas devem ser negligenciadas.

E você, possuí esses principais EPI’s sempre com você para uma possível emergência?

Emergências psiquiátricas: você sabe quais são as principais razões que levam uma pessoa ao suicídio?

Emergências psiquiátricas: você sabe quais são as principais razões que levam uma pessoa ao suicídio?

Exames de imagem podem ajudar a flagrar doenças psiquiátricas. Foto: Callista Images/Getty Images | Ilustrações: Rômolo/SAÚDE é Vital.

Desemprego, decepções amorosas, economia, vida adulta, abandono. Muitas são as fontes onde se originam motivações que desencadeiam transtornos mentais. Sua aparição pode ser gradual ou até mesmo fugaz, mas com toda certeza sua permanência não.

Tem sido notório ao decorrer dos últimos anos o aumento exponencial de diagnósticos de transtornos mentais no Brasil e no mundo. Suas origens são as mais variadas possíveis. Como um organismo vivo, esses transtornos agem internamente paralisando suas vítimas e transformando suas vidas muitas vezes, em um fardo maior do que elas poderiam sustentar isoladamente.

Por esse motivo, a intervenção de profissionais da saúde são indiscutíveis na recuperação e tratamento daqueles que possuem essa condição psiquiátrica. Você sabe quais são as principais razões que levam uma pessoa ao suicídio?

Antes de iniciarmos essa pequena lista, gostaríamos de ressaltar que esse post não tem por finalidade esgotar todos os porquês que englobam essa temática. Reconhecemos a multiplicidade de fatores envolvidos e não se pretendemos aqui, expressar todas as suas causas com completeza.

1. Depressão

O suicídio está muito associado principalmente a situações de desesperança, desamparo o que é comumente experienciado por indivíduos que estão vivendo com depressão. Quase 90% das pessoas que se suicidaram enfrentavam um quadro depressivo. Se, somado a esses fatores estiverem presentes o abuso de substâncias lícitas ou ilícitas (principalmente o álcool) o risco se torna ainda maior.

A depressão tem como sintomas mais latentes a sensação persistente de tristeza ou perda de interesse. Por isso se faz tão essencial o auxílio de familiares e amigos no processo rumo ao encaminhamento profissional. Infelizmente os portadores dessa condição psiquiatrica estão mais propícios a cometerem suícido, principalmente quando os sintomas e os sinais são negligenciados e a doença acaba por passar despercebida.

Nunca é demais reiterar a importância de um diagnóstico médico e de um tratamento pertinente para essas situações. A depressão assim como outros transtornos psiquiátricos podem ser fatais.

2. Uso abusivo de álcool e drogas

Sabemos que o consumo de álcool e drogas são significativos entre a faixa etária jovem, mas não se limita somente a ela. Além de desencadear outros problemas sejam eles de carácter social como a violência, transtornos mentais (esquizofrenia, depressão, ansiedade, entre outros), seu consumo excessivo também ocasiona danos fisiológicos como a desnutrição, cirrose e até mesmo comprometimento cerebral.

Mas com certeza a mais severa de todas as consequências que essas dependências podem ocasionar são os suicídios. Irreversível e penoso, é aqui onde não há mecanismos para trabalhar, onde não há mais vida não há mais consciência e por obviedade não há mais recursos que estejam ao nosso alcance. A consciencialização seja nas escolas, em grupos especializados, por órgãos governamentais ou nas conversas corriqueiras do quotidiano são um caminho para evitarmos que esses casos se sucedam.

A recuperação e o tratamento desses vícios junto a propagação dos malefícios de seu uso juntos, podem contribuir para a diminuição de suicídios.

3. Bullying

Comum nas escolas, o ‘bullying’ tem ocultamente motivado milhões de crianças e adolescentes a tirarem a própria vida. Com a democratização da informação e a era das redes sociais em alta, o acesso a conteúdos que estimulam comportamentos suicidas tem se revelado constante.

Tema que ainda é encarado como tabu por muitos, o suicídio sempre existiu na história. Desde a bíblia ouvimos relatos de suicidas. Visto por muitos como sinônimo de fraqueza, fragilidade e afins. Essas alcunhas acabam dificultando uma conversação séria do tema e aumenta os estigmas sociais. Longe disso, a depressão é uma patologia que afeta pessoas reais, com vidas reais e sentimentos reais. Não faz acepção de classes ou de etnia, de sexo ou de idade, e por isso deve ser tema de discussão seja em casa ou nas escolas.

Se você se identificou com algum sintoma aqui relatado ou, conhece alguém que apresente esses sinais, não hesite em pedir ajuda para um profissional da saúde de sua confiança. Deixe um comentário com a sua pergunta que responderemos!

5 erros que podem arruinar sua carreira como Socorrista!

5 erros que podem arruinar sua carreira como Socorrista!

Nada pode ser equiparado ao valor de uma vida. Por esse motivo, aqueles que tem como incumbência salva-las são dignos de reconhecimento e prestígio. A capacitação para o atendimento precoce em situações de emergência é imprescindível em uma sociedade e todos nós dependemos ou dependeremos dela. Esse é o papel de um socorrista, que nas palavras do professor catedrático Jorge Bonito:

“Ser socorrista consiste antes de tudo, em saber prestar auxílio eficazmente e evitar o agravamento do acidentado ou doente, no local dos acontecimentos e, se necessário, durante o transporte a uma unidade de cuidados diferenciada. É um papel primordial, limitado e temporal” (Bonito, Jorge, 1999).

Portanto, a responsabilidade de ter em suas mãos uma vida requer cuidados meticulosos e erros podem ser fatais e imperdoáveis. Confira nesse texto os 3 erros que podem eventualmente arruinar sua carreira como Socorrista!

1. Tirar fotos e gravar vídeos de vítimas

Sabemos que na era do digital tudo tem sido constantemente exposto através de aparelhos celulares, ‘tablets’, câmeras fotográficas e outros meios de registros áudios-visuais. Existem muitos profissionais que além de captar imagens e vídeos nesse momento inoportuno também os torna público, ferindo a privacidade da vítima e desrespeitando não somente a situação mas também a lei, já que retirar fotos de pessoas mortas, feridas ou em acidentes é constitucionalmente um crime.

Fotos e vídeos de acidentes instigam a curiosidade daquele que grava assim como daqueles que posteriormente consumirão esses conteúdos na ‘internet’. Mas, atenção! Tornar essas situações públicas podem te levar à cadeia.

2. Utilizar EPIs de forma incorreta

Os equipamentos de Proteção Individual (EPI) são considerados elementos de contenção primária ou barreiras primárias e podem reduzir ou eliminar a exposição individual a, agentes potencialmente perigosos. Se usado de forma incorreta pode colocar em risco a integridade física do socorrista, expondo-o aos riscos biológicos aos quais o profissional possa ser submetido. O EPI é importante para proteger os profissionais individualmente, reduzindo qualquer tipo de ameaça ou risco, por isso jamais deve ser negligenciado!

3. Negligenciar a própria segurança

Este tópico vem para complementar o anterior. O autocuidado é fundamental para a prestação do primeiro atendimento a vítima. Se você não estiver em segurança falhará em proporcionar a segurança alheia. Por esse motivo, se faz tão necessário a avaliação de cena, onde será julgado os riscos existentes e verificado as prováveis causas do acidente, o número de vítimas, a provável gravidade de suas lesões e outras informações que possam ser úteis para a notificação do mesmo.

Ajudar o próximo, aliviando-lhe a dor e o sofrimento, ou evitando a sua morte é uma função cívica e moral, e deve ser realizada de forma não prejudicar nem aquele que o presta, nem a quem este serviço honroso será prestado!

4. Omissão de socorro

Qualquer pessoa, mesmo não sendo profissional de saúde, que esteja no local e tenha condições de ajudar a outrem que se encontra em perigo de vida, tem o dever de prestar assistência.  A omissão de socorro pode contribuir para óbitos, agravamentos de quadros de risco e outros infinitos prejuízos a integridade física e mental daquele que necessita ser ajudado. O crime de omissão de socorro encontra-se descrito no artigo 135 do Código Penal, e a punição prevista é de  detenção de um a seis meses e multa. No caso da consequência da omissão resultar em lesão grave, a pena será duplicada e, caso resulte em morte, triplicada.

O direito à saúde, estabelecido pela legislação vigente, busca garantir a todas as pessoas que sofreram o crime de omissão de socorro à devida reparação dos danos, bem como a punição dos responsáveis pelo ato praticado.

5. Não se atualizar na área

Sabemos que os conhecimentos são constantemente atualizados e estar por dentro dessas atualizações é fundamental para aperfeiçoarmos nosso desempenho. Apostar em não se requalificar pode acabar prejudicando sua carreira e deixando-o estagnado no mercado de trabalho, principalmente na área da saúde onde esses domínios terão de ser realizados na prática e vidas reais dependerão deles. Assim sendo, antes de iniciar um novo curso esteja atento a suas diretrizes e grade curricular para não investir tempo e dinheiro em versões desatualizadas que não lhe trarão retorno nem competência. A orientação do Ministério da Saúde através da PORTARIA Nº 2048 recomenda que a cada 2 anos o profissional da área da saúde busque atualizações de protocolos e atendimento.

E aí, ainda ficou com alguma dúvida sobre esse assunto? Deixe um comentário com a sua pergunta que responderemos!

3 fatos pouco conhecidos que podem afetar seu desempenho em situações traumáticas

3 fatos pouco conhecidos que podem afetar seu desempenho em situações traumáticas

Vimos anteriormente que situações traumáticas requerem ações minuciosas dentro de um curtíssimo tempo. Isso ocorre porque a vítima acometida dessa fatalidade está em muitos casos em um limbo estreito, que a separa da vida e da morte, e a responsabilidade está nas mãos daquele que irá prestar os primeiros atendimentos.

Muitas dúvidas pairam quando se trata de traumas abertos, mas hoje abordaremos 3 fatos pouco conhecidos que podem afetar seu desempenho caso esteja diante de situações traumáticas. Confere aí quais são e como evitá-los nesse texto.

1. Posso retirar objetos encravados da vítima?

NÃO! Se você é um leigo no assunto com certeza seu primeiro impulso é retirar de imediato um objeto que ficou fixo ou preso em uma superfície (como no caso de uma facada, por exemplo), mas saiba que você nunca deve remover o objeto. O que deve ser feito é controlar o sangramento e estabilizar o corpo estranho introduzido, fazendo um curativo caprichado e logo após transportar a vítima meticulosamente até o hospital. Sendo assim, o curativo a ser feito precisa ter por finalidade imobilizar o objeto deixando-o fixo para não se suceder maiores complicações ocasionadas pelo movimento (no caso aqui exemplificado, poderia ser o rompimento de vasos calibrosos e artérias, promovendo o risco de hemorragia interna).

Em todo o caso, reiteramos para que você NÃO retire o objeto encravado de uma vítima. Isso iminentemente só irá piorar as coisas.

2. Em traumas abdominais, devo realocar tudo de volta de onde saiu?

Essa também é uma questão que deve ser sempre bem salientada. Em acidentes em que há evisceração, por exemplo, (onde ocorre a saída de uma ou mais vísceras para fora da cavidade abdominal através de uma ferida operatória, ou traumática) pode-se concluir em primeira instância que aquilo que saiu deve retornar ao seu local de origem. Mas mais uma vez a resposta é um significativo e sonoro NÃO! O que deve ser feito nesses casos é limpar as vísceras com soro fisiológico e cobrir com compressas úmidas de modo a isolá-las do meio ambiente.

Em hipótese alguma, tentar reintroduzir as vísceras no abdômen! Mas qual seria a explicação dessa vez?

A parte da evisceração será corrigida em centro cirúrgico, ao nível hospitalar. É lá que será feita toda parte da desinfecção e descontaminação dessas vísceras para então finalmente serem reintroduzidas e suturadas. Então nada de agir impulsivamente diante de um caso como esse.

3. Devo manter a parte amputada fria?

SIM! A parte amputada deve ser mantida fria durante o transporte até o hospital para evitar o excesso de sangramento e a perca da vitalidade da região afetada, impedindo assim o comprometimento da reimplantação do local acometido. As partes devem ser enxaguadas com solução salina (SF 0,9%) ou água limpa, enroladas em um curativo seco ou estéril e por fim, colocadas em um saco plástico.

Mas cuidado, as partes amputadas não devem ser colocadas em contato direto com o gelo!

Estar preparado para lidar com as situações aqui elucidadas e diversas outras que possam se suceder, é imprescindível para salvar uma vida. Por esse motivo, a relevância de ter esses conhecimentos, os quais são essenciais para toda a sociedade.

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Lesões específicas: Traumas abertos

Lesões específicas: Traumas abertos

Do grego trauma, atos “ferida”. O trauma é definido como uma lesão que resulta de uma ação violenta de um agente externo. Em diversas situações que envolvem acidentes é habitual escutarmos expressões como “aquela vítima sofreu uma lesão traumática”, sendo comumente empregadas em casos em que o trauma tem caráter físico.

Mas qual a real gravidade dos traumas e qual seria o proceder correto diante dessas situações? Acompanhe esse texto para saber mais sobre essa modalidade e suas características.

Incidência e gravidade dos traumas:

O desgaste material e humano envolvido em situações traumáticas é constatado de forma factual, diante disso, a discussão sobre esse assunto tem se tornado extremamente relevante. Negligências nesse sentido podem ocasionar consequências graves e muitas vezes irreversíveis. A gravidade de situações traumáticas podem ser observadas nos dados abaixo:

  • A cada 1 minuto morrem 9 pessoas vítimas de trauma;
  • 5,8 milhões de mortes/ano;
  • Colisões automobilísticas – 1 milhão de mortes/ano;
  • Principais causas: acidentes automobilísticos e a violência.

Com a modernização e o avanço tecnológico eminente, a obtenção e o uso de veículos automobilísticos tem aumentado exponencialmente entre a população. E concomitantemente com esse avanço vieram também os riscos de ocorrerem ainda mais acidentes. Mais carros, mais trânsito, mais ‘stress’ e maior propensão a traumas provindos daquela que é a segunda maior causa de morte no Brasil e no mundo.

Exemplos traumáticos

  • Abrasão(ou escoriação): quem nunca ao subir pela primeira vez em uma bicicleta ou tentar descer uma rua ingrime de ‘skate’ acabou caindo e ficou com o popular “esfolão”. Incidentes comuns entre as crianças, são traumas que acontecem principalmente nas regiões dos joelhos e palmas da mão.
  • Trauma ocular: causado por acidentes com os olhos que incluem pancadas, perfurações e queimaduras. Que podem ocorrer, por exemplo, pela falta de proteção adequada no manuseio de objetos pontiagudos.

Quais agentes causam traumas?

Os agentes são de variadas naturezas, podendo ser físicos (superfícies de contato rígido), químicos (trauma oculares por contato com a cal, por exemplo) e elétricos, de forma acidental ou intencional (automutilações), capaz de produzir pertubações locais ou sistêmicas.

Atendimento ao Trauma no Aph

O XABCDE é um mnemônico que padroniza o atendimento inicial ao paciente politraumatizado e define prioridades na abordagem ao trauma, no sentido de padronizar o atendimento. Antes de se iniciar o XABCDE deve ser realizada a avaliação da cena.

A segurança do socorrista, de sua equipe e do local seguida de sinalização e por fim o atendimento á vítima conforme seu grau de gravidade são as premissas para então ser realizado o processo da abordagem inicial:

  • O mecanismo de lesão;
  • Impacto da lesão;
  • Localização da lesão;
  • Estado hemodinâmico da vítima.

Ferimentos por Arma de Fogo

Reiteramos o cuidado e a observação da cena antes de iniciar o atendimento a vítima, principalmente quando o caso referido envolver armas de fogo. Feita a observação, vejamos os procedimentos:

  • Os projéteis de arma de fogo determinam um orifício de entrada arredondado e com bordos voltados para dentro.
  • Se houver orifício de saída ele terá formato mais irregular, maior e os bordos estarão evertidos.
  • Se o tiro foi efetuado a uma distância reduzida, haverá pontilhados pretos e queimaduras por pólvora ao redor do orifício.

Trauma torácico — Curativo três pontas

O curativo de três pontos, amplamente divulgado na literatura especializada, é um procedimento que apesar das críticas, possui importante papel no manejo pré-hospitalar do trauma torácico penetrante.

A ocorrência de um ferimento na parede torácica que atinja todas as camadas da mesma permite a entrada de ar atmosférico na cavidade pleural, resultando em um imediato equilíbrio entre as pressões intratorácica e atmosférica.

Atua diretamente na dinâmica respiratória da vítima, produzindo um mecanismo valvular capaz de minimizar os efeitos nocivos desta categoria de lesão.

Trauma Abdominal

No trauma abdominal, a hemorragia constitui prioridade de tratamento, por ser causa de morte nas primeiras horas. Analisemos o exemplo a seguir:

  • Evisceração: É a saída de uma ou mais vísceras para fora da cavidade abdominal através de uma ferida operatória, ou traumática.

Em casos de evisceração os seguintes procedimentos devem ser tomados:

  • Limpas as vísceras com soro fisiológico e cobrir com compressas úmidas de modo a isolá-las do meio ambiente;
  • Em hipótese alguma, tentar reintroduzir as vísceras no abdômen!

Trauma Muscoesquelético – amputação

  • As partes devem ser enxaguadas com solução salina (SF 0,9%) ou água limpa;
  • Enrolar em curativo seco e estéril;
  • Colocar em um saco plástico;
  • Manter frias durante o transporte para o hospital;
  • Não devem ser colocadas em contato direto com o gelo.

Objeto encravado x Objeto empalado

Há de ser fazer também a distinção entre Objeto encravado e Objeto empalado. O encravado foi fixo e ficou preso em alguma superfície, já o empalado, ficou preso dentro de um orifício do corpo humano.

Os primeiros atendimentos prestados a vítimas de acidentes são cruciais para a sobrevivência e o prognóstico dessas pessoas. Por isso, é indispensável a atuação imediata seja de um socorrista ou dos responsáveis pelo atendimento pré-hospitalar. Estar preparado para lidar com a situação é essencial para evitar que a condição do paciente se agrave e possa evoluir para complicações irreparáveis ou até mesmo a morte.

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