Mês: dezembro 2021

O que é Trauma?

O que é Trauma?

Trauma é uma definição ampla usada para descrever lesões causadas por uma força externa devido a acidentes, violência ou auto-agressão. É categorizado por mecanismos de lesão que incluem: trauma penetrante, trauma contuso ou sua combinação.

A palavra “trauma” é mais comumente usada para descrever uma lesão corporal que é grave, súbita e inesperada. As causas mais comuns de traumas maiores são: acidentes veiculares, atropelamentos, ferimentos por arma de fogo, ferimentos por arma branca, quedas de altura, queimaduras, afogamentos e agressão interpessoal.

A Doença Trauma

Cinco pontos-chave ajudam a entender a relevância dessa doença:

  1. O trauma é a causa mais comum de morte em pessoas com menos de 40 anos e sua incidência deve aumentar nos próximos 20 anos;
  2. É a doença que mais consome recursos médico-hospitalares em todo o mundo;
  3. Constitui a principal causa de morte e incapacidade em ambientes civis e militares;
  4. As guerras são fonte de mudanças consideráveis ​​no atendimento de vítimas de trauma e no desenvolvimento de centros especializados;
  5. Treinamento específico é condição indispensável para profissionais de saúde trabalharem com vítimas de trauma, pois é necessário conhecer as particularidades da doença.

Mecanismos de lesão no Trauma

Os mecanismos geradores de lesões graves no contexto militar são as explosões, seguidas por ferimentos por arma de fogo e por colisões de trânsito. Isso contrasta com o ambiente civil onde predominam as colisões de trânsito e os atropelamentos, embora sejam crescentes os percentuais de agressão interpessoal.

Aspectos diferenciados dos cuidados em ambiente militar

Cuidar de vítimas de trauma em ambiente militar é sempre desafiador devido ao ambiente hostil e os obstáculos naturais. A logística costuma ser escassa e as instalações médicas, provisões e equipamentos podem estar a muitas milhas de distância necessitando ser trazidos por aeronaves ou outros recursos disponíveis. O abastecimento de recursos vitais como alimentos, água e eletricidade pode estar comprometido em um ambiente difícil de controlar; isso inclui a gestão de resíduos hospitalares e de corpos sem vida.

Treinamento para assistência ao Trauma

Treinamento de trauma militar em ambiente pré-hospitalar de um campo de batalha é essencial para aqueles que trabalham no front. Quem trabalha em hospitais de campo deve participar de treinamento específico através de grandes simulações e de cursos específicos como o treinamento cirúrgico para equipes de saúde.

O treinamento em grande escala, baseado em simulação, deve ser direcionado a habilidades clínicas que incluem consciência situacional, tomada de decisão, comunicação, trabalho em equipe e liderança, além de habilidades ambientais e de cuidado clínico. Embora esse modelo seja bastante efetivo para a aquisição de habilidades, o treinamento não termina quando o aluno obtém o resultado desejado, pois as competências trabalhadas devem ser demonstradas de forma contínua, no cenário correto.

Um estudo concluiu que os enfermeiros do exército americano precisavam de treinamento adicional usando padrões nacionais e experiência prática. O modelo indicado foi o programa do ATCN acoplado ao curso ATLS e a avaliação de competência foi sumarizada pela obtenção da respectiva certificação.

Em outro caso, o treinamento em serviço de cirurgiões, enfermeiros, técnicos de emergência médica e técnicos de sala de cirurgia do exército dos EUA, em um centro de trauma de nível um por 30 dias, deu a todos maior experiência do que possuíam em sua estação de origem.

A vantagem dos cursos internacionais é o fato de fornecerem uma abordagem padronizada, estruturada para o trauma, o que resulta em uma “linguagem comum” aos praticantes.

A Organização Mundial da Saúde afirma que os profissionais de todos os níveis devem ter as habilidades necessárias para lidar com o trauma, incentivando sua participação em cursos de qualificação. Entretanto, apenas participar desses programas não garante a competência, pois a retenção da informação e da habilidade tende a se perder após a conclusão do curso, sendo necessário um processo de formação prática contínua para que seja eficaz.

Centros de trauma

Nas últimas décadas, no mundo inteiro, a criação de Centros de Trauma melhorou a sobrevida das vítimas de trauma grave e isso se deve, principalmente, a evolução do atendimento pré-hospitalar, a maior qualificação profissional exigida nesses centros e o desenvolvimento de uma cultura própria relativa à doença trauma e ao processo de treinamento nessa área.

Causas de Trauma e Tipos de Trauma

Os acidentes veiculares e atropelamentos incluem toda a sorte de veículos que trafegam na via pública e incluem motocicletas, bicicletas, patinetes e outros. Durante muitas décadas esse tipo de lesão era preponderante.  Os atropelamentos, diferentemente de outras lesões, acometem a faixa mais idosa da população. Isso se deve as limitações funcionais de locomoção, audição e visão próprias dos idosos.

Estes eventos estão relacionados com o tipo de trauma contuso, aquele onde o instrumento que atinge a vítima é contundente: soco, pau, pedra e etc.). Nesses casos as lesões podem ser desde uma simples vermelhidão, inchaço, equimose, hematoma ou escoriação até uma ferida de bordas caracteristicamente irregulares.

Após o advento do cinto de segurança, que evita o impacto contra os vidros estilhaçados, as lesões decorrentes de acidentes veiculares são essencialmente contusas e se desenvolvem pelo impacto do passageiro contra o interior do veículo. Na ausência do uso dos mecanismos de proteção poderá haver lesões cortantes ou cortocontusas, por ação do vidro estilhaçado.

Os ferimentos por arma de fogo e arma branca estão associados à violência urbana, onde roubos, assaltos, homicídios e a constante beligerância entre gangs rivais constituem sua principal origem. Após os anos 80 houve um crescimento exponencial destas ocorrências que hoje, em termos de mortalidade, se equiparam aos ditos “acidentes de trânsito”.

Os projetis de arma de fogo usuais (revolver, pistola) determinam um orifício de entrada que é arredondado e com bordos voltados para dentro. Se houver orifício de saída ele terá formato mais irregular e maior e os bordos estarão evertidos. Outras armas de fogo podem produzir lesões diversas e mais complexas do que as acima descritas.

Quando a lesão é produzida pela lâmina da faca, decorre de sua ação uma ferida de bordos regulares com profundidade variável, mais superficial nas extremidades (caudas), este é um ferimento cortante. A profundidade está relacionada a força emprega para o golpe e o fio da arma. Se a ação se der pela ponta da faca ele vai ocasionar uma ferida mais profunda do que larga denominada perfurocortante.

Convém lembrar que se ação decorrer do uso do cabo da faca ou da coronha do revólver a lesão produzida terá características de lesão contusa.

As quedas de altura, especialmente quando superam duas vezes a altura do indivíduo, costumam ocorrer com mais frequência em construções, como acidente de trabalho, mas também como tentativa de suicídio a partir de locais elevados. Essas lesões costumam causar danos as partes ósseas que primeiro se chocam contra o solo, bem como ruptura dos órgãos internos por mecanismo de desaceleração súbita. Os resultados dependem da altura, da posição de chegada ao solo e da idade e compleição do indivíduo.

As queimaduras também podem ter origem em acidentes de trabalho que envolvem armazenamento de combustível, uso de substâncias cáusticas (ácidos) fogos de artifício, uso doméstico de álcool, explosões e acidentes que envolvam fogo e chamas. Os ferimentos variam desde vermelhidão produzida pelo calor (primeiro grau), formação de bolhas de conteúdo seroso (segundo grau) até a destruição de tecidos mais profundos (terceiro grau). A extensão da área acometida e de lesões de terceiro grau são fatores que determinam a sobrevida do paciente.

No período do verão, ou em áreas constantemente quentes e com águas balneáveis, o afogamento se constitui numa frequente causa de morte devido a correntes inesperadas, cãibras, mal súbito e, mais frequentemente, despreparo e ousadia do nadador em local sem salva-vidas.

A agressão interpessoal sem uso de armas excepcionalmente leva a morte, mas se trata de evento comum e que pode causar danos inestimáveis. Assim como no caso das armas de fogo e brancas, geralmente está associada ao uso de álcool e drogas.

Recomendações para o preparo à assistência ao Trauma

  • Participar de cursos e eventos teóricos e práticos a fim de manter-se atualizado e aprimorar habilidades é a melhor forma de manter-se qualificado;
  • A retenção de competências está intimamente ligada à prática, ao estabelecimento e atualização periódica de rotinas;
  • Os treinamentos devem possuir algum critério de eficiência e serem responsivos aos padrões de lesões e ao ambiente clínico relacionado a sua realidade;
  • Demonstração de habilidade ou frequência a um curso não equivale a competência e precisa ser consolidada com experiências práticas e reflexão e apoiada com competências;
  • O treinamento interdisciplinar, em equipes e com especialidades cruzadas, deve estar incluído entre os processos de formação que preparam para o atendimento.

Conclusões

  1. A base de evidências em cuidados de trauma militar e civil tem evoluído bastante últimos anos, contribuindo para a formação de profissionais de todos os níveis e para a constante renovação de habilidades.
  2. A qualificação profissional, o treinamento em serviço, a contínua preocupação em manter-se atualizado e a manutenção de um elevado interesse e no exercício prático das atividades, são características indispensáveis para obter êxito na recuperação de vítimas de trauma.
  3. Estabelecer um trabalho centrado no desenvolvimento de competências próprias para o ambiente de trauma e para as características locais e universais deste modelo de assistência pode ajudar na aplicação de protocolos e otimizar os custos demandados.

A Importância do Treinamento de APH em Emergências Clínicas

A Importância do Treinamento de APH em Emergências Clínicas

Alguns programas de treinamento têm prosperado e obtido reconhecimento pelo valor que emprestam à formação de profissionais da saúde e, por via de consequência, à coletividade. Esse é o caso do Pre-Hospital Trauma Life Support (PHTLS), que capacita para o atendimento ao trauma e tem sido adotado, nacional e internacionalmente, pelos serviços de atendimento pré-hospitalar.

Contudo, programas de qualificação direcionados à assistência clínica (não-traumática) no pré-hospitalar, como o Advanced Medical Life Support (AMLS), já consagrados em outros países, ainda não recebem, no território nacional, a atenção dada no exterior – mesmo que a quantidade de emergências clínicas supere significativamente o número de urgências traumáticas.

Provavelmente, isso se deve a três fatores:

  1. A formação em trauma é mais limitada na graduação acadêmica, o que gera insegurança ao profissional não habilitado;
  2. O atendimento ao trauma se reveste de temor e de peculiaridades que movem o profissional em busca de qualificação. Além disso, envolve um modelo mais específico de atendimento que inibe o indivíduo menos qualificado de atuar nessa área;
  3. É comum assumir que o atendimento clínico de urgência obedece uma lógica tradicional de atendimento – e isso gera uma sensação de conforto ao manejar estas situações, mas acaba  desconsiderando as demandas diferenciadas do atendimento clínico.

Desta forma, a qualificação para ambos os tipos de atendimento é essencial, traz muito mais benefício à sociedade e provoca maior impacto na carreira do profissional da saúde.

O mercado do atendimento de urgência é o que mais cresceu nos últimos 15 anos, graças ao investimento público feito no SAMU e em seus sucedâneos privados. Se, por um lado, isso gera oportunidades, por outro há uma enorme escassez de profissionais adequadamente capacitados e formados.

Alguns estudos nacionais ilustram bem a diferença do número de situações clínicas de emergência em relação às urgências traumáticas (causas externas). Estes estudos trazem os seguintes resultados:

Em um determinado estudo, as emergências clínicas corresponderam a 57% da demanda do SAMU, enquanto as urgências traumáticas estiveram presentes em apenas 33% dos atendimentos. Já em Ribeirão Preto, ao levantar os motivos das solicitações de atendimento pré-hospitalar móvel em Ribeirão Preto, constatou-se que 85% se deveram a causas clínicas.

É fácil verificar que, com esta distribuição dos atendimentos, a equipe de saúde necessita estar preparada para as principais urgências clínicas que acometem áreas tão diversas e específicas como a gestação. Também não é difícil entender que, embora muito importante, o preparo para assistência ao trauma não fornece habilidades para atender a diversa gama das apresentações clínicas mais comuns.

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O que é APH?

O que é APH?

APH é a sigla para Atendimento Pré-Hospitalar. Trata-se de um atendimento que é feito antes mesmo de o paciente chegar ao hospital, ou seja, o atendimento fora do ambiente hospitalar. Pode ser realizado no local em que a vítima sofreu o acidente ou precisou de emergências clínicas, até mesmo na ambulância, à caminho do hospital. Em situações em que o estado do paciente é muito grave, o APH torna-se essencial para a vida da vítima. Tendo em vista que o trajeto do local em que a vítima está até o hospital são minutos fundamentais para a vida da pessoa.

Vale ressaltar que o Atendimento Pré-Hospitalar (APH), só pode ser realizado por uma equipe médica profissional e especializada. Quando ocorre um acidente ou alguma emergência clínica é comum que algumas pessoas que não são especializadas tomem medidas de APH. O ideal é que os cidadãos presentes na situação solicitem o atendimento móvel através dos 192. Sendo assim, uma equipe especializada irá se dirigir até o local, realizando o APH de forma adequada.

Logo, é importante dizer que o Atendimento Pré-Hospitalar (APH) não envolve somente os profissionais encarregados do atendimento no local. Sendo assim, o APH é uma área multidisciplinar, pois trata-se de um trabalho em equipe que engloba diversas áreas.

Como funciona o APH?

O serviço de APH se divide em dois setores e formas: APH Fixo e APH Móvel. Ambos setores têm o mesmo objetivo que é salvar a vida da vítima. Entretanto, a forma que trabalham são diferentes e com focos diferentes. Vamos explicar para você!

O APH não envolve somente uma ou duas pessoas. Conta com toda uma equipe, que está preparada para atender às mais diferentes situações de perigo, na qual há alguém precisando de ajuda. Então os setores de APH são separados em equipes e setores.

Ambas equipes trabalham com um serviço fixo de triagem. A triagem é responsável por coletar o máximo de informações que conseguir sobre o estado da vítima e forma que ocorreu o acidente ou a urgência clínica. Além disso, para a equipe móvel é importante coletar informações do local e da situação atual. Esse trabalho da triagem exige um conhecimento e preparo além das competências médicas. Isso porque, quando uma pessoa liga para o serviço de emergência, ela pode estar com emocional abalado, nervosa e mesmo assim o profissional da triagem necessita coletar o máximo de informações que essa pessoa pode passar.

O serviço de triagem é responsável por acionar a equipe, equipamentos e recursos necessários para a urgência, seja no APH fixo ou no APH Móvel.

Então, além de profissionais qualificados tecnicamente, uma boa equipe de APH precisa estar preparada física e emocionalmente e com os equipamentos adequados, já que o transporte da vítima precisa ser rápido e seguro. Isso porque esse trabalho exige a realização de tarefas difíceis e cansativas. Ainda mais se falarmos dos acidentes graves ou gravíssimos, ela precisará de atendimento especializado rápido.

O que é APH fixo?

O APH Fixo é aquele em que as pessoas se dirigem até um local para receberem o atendimento. O APH fixo é uma unidade de saúde de menor complexidade, como as UPA’s ou prontos-socorros. O objetivo principal do APH fixo é realizar os primeiros socorros, manter os sinais vitais da vítima e realizar um atendimento até que a pessoa possa ser transferida para uma hospital com uma complexidade e auxílio maior.

O que é APH móvel?

O APH móvel é aquele que se locomove até as vítimas. São os serviços de urgência e emergência. No Brasil, temos como maior exemplo o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU). São veículos com uma equipe e equipamentos especializadas para atender a demanda descrita na triagem. Assim que um cidadão pede o serviço de emergência no local e informa a situação da vítima e do local, o médico regulador acionou a equipe, veículo e equipamentos necessários para atender aquela emergência.

O objetivo da equipe APH Móvel é remover a vítima do local de acidente ou emergência clínica e levá-la até um hospital. Contudo, a equipe de APH móvel é encarregada de manter os sinais vitais da vítima e realizar os primeiros socorros.  Logo após garantir isso, a equipe de APH móvel irá encaminhar o paciente até o tratamento adequado, já no hospital.

Em um acidente, por exemplo, qualquer pessoa que estiver por perto pode acionar o serviço. Assim, dentro de instantes, uma ambulância chegará ao local, prestando socorro. São profissionais que utilizam um kit APH, (material de resgate Samu ou equipamentos de primeiros socorros Samu), dentre outros aparatos, para socorrer a vítima.

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5 sinais que você precisa identificar em uma parada cardíaca

5 sinais que você precisa identificar em uma parada cardíaca

Os sintomas clássicos de uma parada cardíaca são uma forte dor no peito que leva à perda da consciência e o desmaio, que faz com que a pessoa fique inanimada.

Durante a parada, a circulação sanguínea é interrompida por completo, e consequentemente interrompe-se também o fornecimento de oxigênio.  Esse processo afeta todos os órgãos, mas o cérebro é o primeiro a ser prejudicado, fazendo com que o paciente perca a consciência e pare de respirar. Mais de cinco minutos de parada cardíaca podem gerar danos irreversíveis ao cérebro.

No entanto, antes disso, podem surgir outros sinais que alertam para uma possível parada cardíaca:

  1. Dor forte no peito que vai piorando ou que irradia para as costas, braços ou mandíbula;
  2. Falta de ar ou dificuldade em respirar;
  3. Dificuldade em falar de forma clara;
  4. Formigamento no braço esquerdo;
  5. Palidez e cansaço excessivo.

Pessoas com problemas cardíacos, doenças pulmonares crônicas, tabagistas, diabéticos, obesos, com colesterol alto, triglicerídeos elevados ou com hábitos de vida pouco saudáveis e alimentação inadequada estão mais sujeitos a sofrerem uma parada cardíaca.

É possível minimizar as chances de um evento desses com a adoção de hábitos de vida saudáveis e com o acompanhamento médico para as doenças crônicas. Seguir as orientações dos especialistas é fundamental para garantir a qualidade de vida.

Quem tem mais risco?

Embora possa acontecer sem causa aparente, a parada cardíaca é mais frequente em pessoas com doenças do coração, como:

  • Doença coronária;
  • Cardiomegalia;
  • Arritmia cardíaca maligna não tratada;
  • Problemas nas valvas cardíacas.

Além disso, o risco de parada cardíaca também é maior em pessoas que fumam, que têm um estilo de vida sedentário, que têm pressão alta descontrolada ou que fazem uso de substâncias ilícitas.

O que fazer?

Quais são os procedimentos diante de uma pessoa que apresenta parada cardíaca e depois desmaia? veja a seguir:

  1. Chamar uma ambulância;
  2. Avaliar se a pessoa está respirando;
  3. Fazer a massagem cardíaca.

A respiração boca a boca pode ser feita a cada 30 compressões, fazendo-se 2 inalações para o interior da boca da vítima. No entanto, esse passo não é necessário, podendo ser ignorado caso a vítima seja uma pessoa desconhecida ou não se sinta à vontade para fazer a respiração.

No caso de não ser feita a respiração boca a boca, as compressões devem ser feitas continuamente até a chegada da equipe médica.

Sequelas da parada cardíaca

A parada cardíaca afeta diretamente o cérebro e suas funções, pois este órgão demanda constantemente de oxigenação e, com a parada e essa falta do oxigênio necessário, pode causar várias lesões cerebrais. Isso se deve ao fato de o cérebro não suportar a falta de oxigenação (hipóxia) acima de cinco minutos.

A partir desse momento, o paciente poderá apresentar lesões sérias, até mesmo irreversíveis. A partir de dez minutos de falta de oxigenação, pode ocorrer a morte cerebral.

Outras sequelas que podem acontecer são dificuldades motoras, que são caracterizadas por não poder ou realizar com dificuldade os movimentos motores básicos, como correr, andar, saltar, comer.

Outra sequela é a da fala, como a parada tem ligação direta com o cérebro é comum a área danificada no cérebro comprometer os sentidos, como a fala, visão, tato e olfato.

Nos casos extremos, a sequela que é deixada pela parada cardíaca é o estado vegetativo, que é a ausência de consciência de si ou do ambiente, irregularidade do ritmo vigília-sono, nenhuma resposta voluntária a estímulos, nível de consciência alterado, coma, incontinência fecal, incontinência urinária ou contrações musculares rítmicas.

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Como prestar os primeiros socorros em 9 passos

Como prestar os primeiros socorros em 9 passos

Todos nós estamos sujeitos a nos deparar com situações de acidentes ou emergências. Conhecer o passo a passo dos primeiros socorros pode ser fundamental para salvar uma vida. E a principal preocupação deve ser com os cuidados iniciais a uma pessoa desacordada.

Os procedimentos imediatos, quando feitos de maneira correta, podem aumentar em até 85% as chances de sobrevivência de alguém que sofra uma parada cardiorrespiratória. Mas é importante lembrar que, enquanto estão sendo realizados os passos iniciais, uma ambulância já deve ter sido chamada e estar a caminho.

O que fazer ao se deparar com alguém desacordado?

1. Avaliar a situação

Se você encontrar alguém caído e desacordado, deve se aproximar, manter a área segura e começar os procedimentos.

2. Desobstruir a passagem de ar

Com a mão esquerda, incline a cabeça e eleve o queixo da vítima para deixar a via área aberta, assim o ar consegue passar mais facilmente. Entretanto, se a vítima tiver sofrido um acidente, como atropelamento ou queda de altura, evite mover o pescoço ou movimentá-la.

3. Avaliar a consciência da vítima

Sacuda os ombros ou belisque a vítima para ver se ela reage aos estímulos mecânicos. Também converse com ela, pergunte como está e o que aconteceu para ver se reage aos estímulos verbais.

4. Pedir ajuda profissional

Solicite que alguém próximo ligue para o SAMU 192, ou faça contato você mesmo, e peça atendimento informando que está com uma vítima inconsciente (ou outras condições em que se encontre) e o local onde está.

5. Avaliar a respiração

Observe se a pessoa apresenta movimentos respiratórios. Se a vítima não responde a estímulos verbais e mecânicos e não respira, ela pode estar em dois estados que representam ameaça iminente à vida: parada respiratória ou parada cardiorrespiratória.

Nesses casos, deve ser aplicada a técnica de reanimação até que chegue um atendimento médico especializado. Saiba como proceder.

6. Iniciar os procedimentos de reanimação

Posicione as mãos entrelaçadas no centro do tórax, acima do osso esterno da vítima, exatamente entre os mamilos, em cima do coração. Fique com o seu corpo diretamente por cima das mãos, para que seus braços estejam retos e firmes.

7. Iniciar os ciclos de massagem cardíaca

Pressione a região onde estão posicionadas as mãos de forma vigorosa, utilizando o peso do corpo como apoio, de forma que cada movimento gere um afundamento de 5 cm do tórax e numa frequência de cem compressões por minuto, o que significa que você deve fazer mais de uma compressão por segundo.

Repita o movimento até o coração voltar a bater ou até o socorro chegar. Não é necessário realizar a respiração boca a boca, se você não se sentir à vontade. Nesse caso, mantenha a massagem cardíaca até a chegada de ajuda especializada. Se você quiser fazer a respiração boca a boca, essa deve ser intercalada com 30 compressões para cada duas ventilações.

8. Fazer respiração artificial

Com uma mão, feche o nariz da vítima e com a outra levante o queixo dela. Respire fundo e coloque sua boca sobre a da vítima. Assopre firmemente. Faça isso duas vezes. Observe se o peito da vítima se eleva, sinal de que o ar está indo para os pulmões.

9. Com a chegada dos médicos, afastar-se

Assim que a ajuda profissional chegar, você deve deixar o caminho livre para a equipe agir.

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